Abertura do novo "O Estaminé"

2024-09-17



Terça-feira 18 de Setembro é o dia em que vamos começar a receber no Novo Restaurante “O Estaminé”. Sem cerimónias, será simplesmente uma mudança de instalações onde pretendemos continuar o serviço a que habituamos os nossos clientes que, esperamos, se possam sentir mais confortáveis no novo espaço.

E com as novas condições de comodidade vamos ficar abertos por esse Outono fora onde experimentaremos novas aventuras culinárias e outras surpresas…

Aconselhável será fazer reserva até à véspera, não por uma questão de lugar, mas para podermos providenciar um aprovisionamento em concordância ou o transporte, se necessário. (Reservas - 917811856). E não deixe de se registar na nossa Newsletter se pretender conhecer em primeira-mão as novidades que vamos implantando.

Até Outubro!!

2025-06-25
Chegou ao fim a primeira temporada do projecto A FADA FORMOSA! Cerca de 950 crianças e 58 professores do Pré-Escolar e 1º Ciclo participaram nesta viagem pela Ria Formosa vindos um pouco de todo o Algarve, desde Alcoutim, Martinlongo e Olhão, passando por Faro, São Brás e Boliqueime, até Messines, Lagoa e Monchique.

Foi um prazer tê-los a bordo do Praia das Conchas onde histórias foram contadas, risos e gargalhadas foram dados!
Neste ano zero consideramos que o projecto foi bem sucedido bem como a colaboração com a Direcção Regional de Educação do Algarve.

Para o próximo ano lectivo em Outubro haverá mais magia na Ria Formosa com mais histórias e actividades!




Até lá!

Milai

Transporte Regular para a Ilha Deserta

2025-06-14
Iniciou-se no passado dia 1 de Junho o transporte regular de Faro à Ilha Deserta.

Até ver, os preços e horários manter-se-ão. 7€ por adulto, 3,5 € por criança entre os 5 e os 11 anos.

As partidas desde o Cais da Porta Nova até à Ilha Deserta são às:

10:00 | 11:30 | 13:00 | 16:15

Os regressos da Ilha Deserta até ao Cais da Porta Nova fazem-se às:

10:45 | 12:15 | 15:30 | 18:00

O transporte regular está assegurado até 31 de Setembro.


Fada Formosa - Estreia em Grande!

2025-03-26
Era uma vez uma contadora de estórias que quer ser uma Fada. Mas não uma qualquer, quer ser uma Fada Palhaço! Assim começou a viagem pela Ria Formosa para os mais pequenos no passado dia 23 de Março. A primeira viagem do projecto Fada Formosa!!!

O dia estava maravilhoso e o sol indicava-nos o caminho. Seguiram-se as contadas onde os protagonistas foram as aves, os peixes e os bivalves. A atenção era muita e o brilho nos olhos também. Estes meninos vieram de São Bartolomeu de Messines e muitos deles não conheciam a Ria Formosa, pelo menos da maneira como foi apresentada.

A chegada à Ilha Deserta foi recebida pelas crianças com muito entusiasmo, pois estavam prestes a pisar uma ilha totalmente desabitada com uma praia cheinha de conchas.



Depois de um belo piquenique na praia, chegara o momento do jogo das conchas. No final cada criança pôde levar para casa a concha que achasse mais bonita.

Já de volta ao barco e de regresso a Faro, a contadora não resistiu ao pedido em uníssono das crianças para contar mais uma estória. A estória teve um final apoteótico e a viagem acabou com todos a cantarem a canção nova que aprenderam!

Foi uma estreia em grande!

Milai

Um Grifo na Ria Formosa?

2025-01-29
O Grifo (Gyps fulvus) é uma espécie de abutre Europeu da família Accipitridae. Alimentam-se de carcaças de animais e são de uma tamanho gigantesco, atingindo entre 95 a 110 cm de comprimento, com uma envergadura de asas de 230-265 cm. Normalmente, habita e nidifica em declives rochosos, formando colónias. Em Portugal, os locais onde se podem encontrar grifos com mais facilidade são o Parque Natural do Tejo Internacional e o Parque Natural do Douro Internacional. Na região Algarvia, podem ser encontrados por vezes nas falésias de Sagres.

Então, como é que encontrámos um Grifo nos sapais da Ria Formosa?











De acordo com o meu colega Hugo Rodrigues, no decorrer de uma das nossas visitas guiadas de barco no último Dezembro, foi avistado algo que parecia “um casaco em cima de uma vassoura”. Ao aproximar-se, deparou-se com um gigantesco Grifo descansando num dos sapais, como tantas outras espécies o fazem diariamente. No dia seguinte, esta ave já não se encontrava na Ria Formosa. Esperamos que tenha encontrado o seu caminho para casa…

Na Animaris, temos duas teorias relativas à observação deste Grifo. Poderia estar a caminho de África (por vezes alguns Grifos migram para Sul) e parado por ali para repousar um pouco. No entanto, a hipótese mais viável parece ser que este foi um dos 12 grifos soltos no Parque Natural do Guadiana, em 23 de Novembro, aquando do fecho do Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André. A ave foi observada sensivelmente uma semana depois da libertação dos Grifos, fundamentando esta teoria, apesar de infelizmente nos ter sido impossível observar alguma anilha na perna da ave.

Agradecimento especial ao Sr. Trevor Hall e à sua filha Caitlin pelas fotografias.

Carlos

Porphyrio Tour 17/1/2025

2025-01-17
Neste Porphyrio Tour, contámos com a brilhante companhia do Senhor e Senhora Manuel, do Reino Unido. Ambos ficaram bastante entusiasmados com as aves avistadas, embora ligeiramente desiludidos pelo facto de não termos encontrado Flamingos. Ainda assim, conseguimos avistar uma Garça Vermelha, espécie essa relativamente difícil de encontrar no nosso país, portanto o saldo final desta experiência foi bastante positivo. Segue em baixo a lista de aves avistadas entre as 11:30 e as 13:30 do passado dia 17 de Janeiro de 2007. O Guia foi Hugo Rodrigues:

Caimão (Porphyrio porphyrio) - 4 aves
Galinha D'água (Gallinula chloropus) - 3 aves
Galeirão (Fulica atra) - Várias
Marrequinho (Anas crecca) - 1 ave
Frisada (Anas strepera) - Várias
Pato-Trombeteiro (Anas clypeata) - Várias
Zarro-Negrinha (Aythya fuligula) - 2 aves
Zarro-Comum (Aythya ferina) - 5 aves
Pato-Real (Anas platyrhynchos) - Várias
Mergulhão-de-Crista (Podiceps cristatus) - 1 ave
Mergulhão-pequeno (Tachybaptus ruficollis) - Várias
Peneireiro (Falco tinnunculus) - 1 Ave
Tartaranhão-Ruivo-dos-Paúis (Circus aeruginosus) - 4 aves
Cegonha-Branca (Ciconia ciconia) - 4 aves
Colhereiro (Platalea leucorodia) - 2 aves
Perna-Longa (Himantopus himantopus) - 1 ave
Garça-Branca-Pequena (Egretta garzetta) - 4 aves
Garça-Vermelha (Ardea purpurea) - 1 ave
Garça-Real (Ardea cinerea) - Várias
Pega-Azul (Cyanopica cyanus) - Várias
Guarda-Rios (Alcedo Atthis) - 1 ave
Poupa (Upupa epops) - 2 aves
Toutinegra-dos-Valados (Sylvia melanocephala) - 2 aves
Alvéola-Amarela (Motacilla flava) - 3 aves
Melro (Turdus merula) - 2 aves
Narceja-Comum (Gallinago gallinago) - 1 ave
Pisco-de-Peito-Ruivo (Erithacus rubecula) - 2 aves
Pintassilgo (Carduelis carduelis) - Várias
Pardal (Passer domesticus) - Várias
Perna-Vermelha (Tringa totanus) - 5 aves
Cotovia-de-Poupa (Galerida cristata) - 2 aves

E, como bónus:

Cágado (Mauremys leprosa) - 1 réptil

Carlos

O meu primeiro Papagaio-do-Mar

2025-01-04
Há umas semanas atrás (no ano passado, para se ser mais preciso), tive a sorte de ser eu o guia num dos nossos cruzeiros.

Tudo estava a correr bem, as condições climatéricas eram excelentes, os nossos clientes estavam a passar um bom momento e não se envergonhavam em mostrá-lo, o que é sempre reconfortante tanto para o guia como para toda a equipa da embarcação.

Chegados Ilha Deserta, tudo correu como de costume. Um breve passeio na praia pejada de conchas, uma paragem no restaurante "Estaminé" para uma oferta de produtos tradicionais do Algarve, dois dedos de conversa e muitos sorrisos.

No final, quando me dirigia para o barco, reparo num pequeno animal preto e branco com um bico vermelho a secar-se numa pedra, mesmo no cais, alheio nossa presença.

Todos os clientes ficaram abismados com o pequeno Papagaio-do-Mar (Fratercula arctica), uma espécie que no nosso país geralmente só ocorre em alto mar. Sendo bastante comuns noutros locais onde nidificam, em Portugal esta espécie é de difícil avistamento. Agradeço ao Sr. Conrad Lee Hodge e sua família pela seguinte fotografia que tirou ao Papagaio-do-Mar:




Carlos

Paisagem Dunar

2024-12-11


As dunas da Ilha Deserta, a pouco e pouco, vão ficando vestidas de verde. As folhas secas e amareladas resultantes do sol intenso do Verão, vão dando lugar a folhas novas e verdes, fruto das primeiras chuvas de Outono. O Verão foi longo e seco para vegetação dunar. Todas as reservas de águas adquiridas durante o Outono e o Inverno são minuciosamente controladas em prol da sobrevivência durante a estação seca. A vegetação dunar como o cordeirinho-das-praias e o cardo-marítimo resiste a ventos fortes, a altos graus de salinidade e quase inexistência de água doce. Por isso, é com alívio e grande admiração que assistimos ao rebentar das primeiras folhas!

Muito corajosas e resistentes estas plantas! É devido a elas que as dunas vão crescendo de ano para ano, constituindo uma protecção natural para o interior da Ria Formosa contra ventos e grandes tempestades provenientes do mar. É entre a vegetação das dunas da Ilha Deserta que muitas das aves têm o seu último lugar de nidificação da Europa, como a Andorinha-do-mar-anã.

Por tudo o que passam, para a vegetação das dunas, deve ser compensador ser madrinha de tantas novas vidas, todos os anos!

Milai

Ganso-patola

2024-12-04
Durante o passeio que fazemos com os nossos visitantes pela Praia das Conchas na Ilha Deserta, deparamo-nos de quando em vez com animais sem vida levados pelo mar para o extenso areal. Temos visto desde polvos, diversos tipos de aves e até mesmo golfinhos. Depois destas últimas tempestades que se fizeram sentir no Algarve apareceu na Praia das Conchas um Ganso-patola. Era adulto pois tinha a cabeça amarela, o restante corpo branco e as rémiges (pontas das asas) pretas. Uma das tempestades pode ter sido a causa da morte deste indivíduo que não resistiu a uma luta, que com certeza foi desigual. O bico dos Gansos-patola é azul assim como os seus olhos e assim também como é a cor do mar!


Curiosidades: O Ganso-patola, é uma grande ave marinha da família Sulidae dos pelecaniformes. Estas aves fazem mergulhos espectaculares em alta velocidade no oceano, até 40 metros de profundidade. Eles comem principalmente pequenos peixes que se agrupam em cardumes perto da superfície. Normalmente, nidificam em grandes colónias, em penhascos sobre o oceano ou em ilhotas rochosas. Esta espécie é migratória, nidifica na costa da Grã-Bretanha e chega a Portugal no Outono para passar o Inverno e é nessa altura que pode ser observada na Ria Formosa.

Milai

Partilha

2024-11-28




Durante estes dias os Maçaricos-de-Bico-Direito e os Maçaricos-reais resolveram dar o ar da sua graça. Sempre que a maré estava vazia, iam surgindo entre a morraça do sapal, ou sozinhos ou em bando ou ainda misturados com os Corvos-marinhos, sempre atarefados a picar as zonas de vaza com os seus longos bicos. Surgem sempre alguns no mesmo local, bem perto do Cais da Porta Nova, acompanhados por duas ou três Cegonhas e, a fazerem-lhes companhia, quase lado a lado, os mariscadores que passam horas a fio debruçados sobre o pão para a boca. Quase que nem dão pela presença de uns e de outros. Um momento em que impera a partilha entre o homem e as aves. Fazem ambos pela vida, no entanto, essa dependerá sempre do respeito que tiverem por este magnífico lugar que é a Ria Formosa!

Milai